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O Futuro da H&M: Por Dentro da Visão de Ann-Sofie Johansson

Em um mundo onde a moda muda na velocidade de um clique, a H&M se prepara para um novo capítulo. Com sua chegada oficial ao Brasil, a gigante varejista sueca traz não apenas suas araras repletas de tendências, mas também uma filosofia de moda que busca ser acessível, consciente e democrática. À frente dessa missão global está Ann-Sofie Johansson, Head de Design, uma veterana que começou sua trajetória na empresa como vendedora e hoje comanda uma equipe de mais de 300 designers. Em sua visita a São Paulo para a inauguração, ela compartilha uma visão que transcende as passarelas, focando no cliente, na sustentabilidade e no poder de uma moda que veste o mundo.


A Jornada do Balcão à Prancheta

A história de Ann-Sofie é um testamento do poder da escuta. Sua passagem pelos corredores e provadores das lojas da H&M, antes de se mudar para o setor criativo, moldou sua filosofia de design. “Eu não tinha uma formação formal em design, mas sabia que queria me tornar designer na H&M. Então, pensei que seria uma ideia inteligente começar na loja, conhecer a marca e também o cliente,” explica. Essa imersão inicial a fez entender que o design não é apenas sobre arte, mas sobre pessoas. Para ela, colocar o cliente no centro é a bússola que orienta cada coleção, garantindo que a H&M permaneça relevante e conectada com as necessidades e desejos do seu público.

Essa abordagem se reflete na Studio Collection, a linha mais autoral da marca, que Johansson ajudou a fundar. Lançada quatro vezes ao ano, a coleção serve como uma vitrine para peças mais conceituais e fashionistas, sem jamais trair o princípio de acessibilidade. É um paradoxo bem-sucedido: aliar vanguarda e acessibilidade.


Anitta na campanha Ritmos do Brasil da H&M — Foto: Divulgação/Hick Duarte

O Tsunami da Mudança e a Chegada ao Brasil

Com mais de três décadas na indústria, Ann-Sofie testemunhou a moda passar por uma revolução. Ela recorda os tempos em que tudo era desenhado à mão, sem a tecnologia que hoje agiliza e revoluciona o processo criativo. A ascensão do street style como uma fonte de inspiração, superando a ditadura das passarelas, e a emergência da sustentabilidade como pauta central são as mudanças mais significativas que ela aponta. “Quando comecei, não se falava nada sobre sustentabilidade, simplesmente não era uma pauta”, afirma.


Carol Trentini na campanha Ritmos do Brasil da H&M — Foto: Divulgação/Hick Duarte

A H&M, que já fez história com colaborações icônicas com nomes como Karl Lagerfeld e Versace, está pronta para escrever seu próximo capítulo no Brasil. A chegada da marca, com lojas físicas e e-commerce, é tratada com grande expectativa e, sobretudo, com respeito. Ann-Sofie reconhece a força e a energia do mercado local, sinalizando a possibilidade de futuras colaborações com designers brasileiros, um gesto que reforça a estratégia da marca de se conectar com a cultura de cada país.


Cyshimi na campanha Ritmos do Brasil da H&M — Foto: Divulgação/Hick Duarte

A Moda do Futuro: Circularidade e Consciência

Em um cenário onde a produção em larga escala e a responsabilidade ambiental parecem ser inimigos naturais, Johansson defende a missão da H&M em repensar a cadeia de produção. “Temos metas ambiciosas”, explica, “somos uma empresa grande, o que traz uma grande responsabilidade, mas também a capacidade de gerar mudanças significativas e inspirar outros.”


Agnes Nunes na campanha Ritmos do Brasil da H&M — Foto: Divulgação/Hick Duarte

A H&M tem focado em projetar para a circularidade, utilizando materiais reciclados e orgânicos, e incentivando os clientes a cuidarem de suas roupas para que durem mais. É um convite à mudança de mentalidade, onde a moda não é descartável, mas sim um ciclo contínuo de uso e reuso.

No final das contas, o que define a moda democrática para Ann-Sofie não é apenas o preço, mas a capacidade de vestir o mundo, de fazer as pessoas se sentirem bem consigo mesmas. E, com a chegada da H&M ao Brasil, essa filosofia ganha um novo e vibrante palco, prometendo democratizar não apenas tendências, mas também a confiança e a autoexpressão.

Rita Carreira na campanha Ritmos do Brasil da H&M — Foto: Divulgação/Hick Duarte

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