O mundo da moda está com os olhos voltados para a América Latina. Entre 6 e 9 de novembro, acontece a segunda edição do Latin American Fashion Awards (LAFA), um evento que se consolidou rapidamente como a maior celebração da criatividade do continente. E, se a primeira edição já chamou a atenção, a segunda promete ser um marco para o Brasil, com mais de 40 marcas nacionais entre os semifinalistas.
O Brasil está fazendo história, com marcas indicadas em 14 categorias, que vão desde design autoral até sustentabilidade e impacto cultural. O anúncio dos finalistas, em setembro, é aguardado com grande expectativa, mas o protagonismo brasileiro já é evidente. O júri de peso, com nomes como Imran Amed do Business of Fashion e Gabriela Hearst, além dos presidentes do CFDA e da Camera Nazionale della Moda Italiana, reforça a seriedade e o alcance do prêmio. O Brasil também marca presença no corpo de jurados, com Vivian Sotocorno, da Vogue Brasil, e Oskar Metsavaht, da Osklen.
Para marcas emergentes, a indicação ao LAFA é um verdadeiro selo de aprovação. É o caso da Misci, comandada por Airon Martin, que vê no prêmio uma oportunidade de ganhar visibilidade global. “Estamos aos poucos construindo uma comunidade global, sendo transparentes com as nossas origens, e essa indicação reforça esse compromisso”, afirmou o estilista em entrevista.
O Latin American Fashion Awards vai além de uma simples premiação. Ele é um palco que valida a moda latina como uma narrativa de protagonista, mostrando ao mundo que a criatividade do continente não se resume a tendências efêmeras, mas é rica em cultura, identidade e inovação.

Misci e Paula Torres apresentam nova collab no desfile Verão 26 | reprodução/Instagram /@misci_
Ouniverso fashion já tem data marcada para celebrar o melhor da criatividade latino-americana: entre os dias 6 e 9 de novembro, acontece a segunda edição do Latin American Fashion Awards (LAFA). São mais de 40 marcas brasileiras que chegaram as semifinais desse grande evento para o segmento de moda latino, em 14 categorias que reconhecem desde design autoral até práticas sustentáveis e impacto cultural. Os finalistas serão anunciados em setembro, mas a expectativa já é de grande protagonismo brasileiro em uma premiação que reafirma a relevância da moda latino-americana no circuito internacional.
A bancada de jurí do Latin American Fashion Awards reúne referencias da moda global como: Imran Amed (Business of Fashion), Gabriela Hearst, além dos presidentes do CFDA e da Camera Nazionale della Moda Italiana. O país também terá representantes no corpo de jurados: Vivian Sotocorno (Vogue Brasil) e Oskar Metsavaht (Osklen).

Desafios Internos e Reconhecimento Global
Apesar do merecido reconhecimento internacional, a indústria da moda brasileira ainda enfrenta desafios significativos em seu próprio território. A falta de incentivo estatal é um dos principais pontos de tensão. Enquanto em países como a França e a Itália a moda é tratada como patrimônio cultural e motor econômico, com robustos programas de apoio, no Brasil, a maioria das iniciativas depende de esforços privados.
Essa realidade, muitas vezes, é reflexo de uma visão limitada de que a moda é “futilidade”. No entanto, o design vai muito além de “roupas bonitas”. Ele é uma linguagem poderosa, capaz de comunicar identidades, expressar protestos e fazer declarações políticas. Premiações como o Latin American Fashion Awards são cruciais para mudar essa percepção, validando discursos e fortalecendo narrativas que precisam ser ouvidas em escala global.
Com o talento brasileiro em evidência, o LAFA se torna um farol de esperança e uma prova de que a moda nacional tem potencial para transformar a forma como o mundo a enxerga. A pergunta que fica é: como o país vai capitalizar esse momento para apoiar e nutrir a próxima geração de talentos?